Se há coisa que me tira do sério é a verdadeira parolice. Não a parolice acidental, nem a parolice abstracta, mas a genuína, a congénita, aquela que está impregnada no ADN de algumas criaturas e que nem que se esfregue com scotch brite, consegue sair da pele dos verdadeiros autores da mesma.
Ontem tropecei, não em um, nem em dois, mas sete parolos. Sim!! Sete. Leu bem!
Não que seja dificil ver sete parolos juntos, porque esta espécie tende a reunir em manadas, mas estes eram especiais pela negativa.
Está bem, eu sei que já estão em ansias para saber,o demo já vos conta tudo e não vos esconde nada.
Local- Parque das Nações
Hora- 11h43m (fixei a hora porque ele há coisas que nos marcam)
Data- 9 de Maio
Céu pouco nublado ou limpo, com ligeiro bafio de calor.
Imaginem o urbanismo do Parque das Nações, uma limousine branca com vidros escuros aproxima-se. Neste momento eu e as demais pessoas normais que estavam comigo, olhámos e prendemos o olhar (não que ver uma limousine seja um acto estranho, mas presentia-se que algo ia acontecer).
A limousine parou! Nós tambem! Julgo que neste momento quase todos pensámos as mesmas coisas, ou vai sair de lá uma gaja com um vestido de noite com ar de quem vem dressed to kill ou um Martini Men,(lembram-se dele?) com cara de mau, que nos vai obrigar a entrar na carroça e raptar.
Nada disso. Em vez do "chófér" abrir a porta, foi a vedeta que saiu, ou melhor, as vedetas. E outra, e mais outra, até prefazerem o numero sete.
Sete benfiquistas barrigudos, com ar de novo rico bimbo. O motorista parecia algo envergonhado, mas ficou pior quando os labregos lhe pediram para tirar uma foto junto ao veículo. Um dos labregos que parecia ser o chefe da matilha, vestia uma camisola do Benficaaaaaaaaaaaaaaaa, justa, com o "imbigo" à mostra e calças à pai de família antracite. Tirada a foto, pediram ao pobre motorista que descarregasse o carro que já "távam" com ganas de comer (esganados portanto). Pois bem, a primeira coisa a sair foi uma daquelas cestas de palhinha com patas. Aproximei-me para ver se via um galináceo com a cabeça de fora, mas não. De repente saem 3 ou 4 arcas azuis carregadinhas de "buída" e o chefe da alcateia grunhiu algo como: "então essas mines, tão frescas ó não?" e logo se montou ali o arraial. Não resisti a passar pela bagageira aberta onde se podiam ver presuntos em suporte (não era josélito), queijos, facas, chouriços e outras lambarices. Seguiu-se um ritual, que não sei bem se era de acasalamento ou apenas comixão, em que ambos coçavam fervorosamente os tomates com uma mão, enquanto a outra segurava no pão ou na cerveja. Excepção feita para um dos elementos que devia estar em pulgas para se coçar, mas não podia, porque numa mão tinha um chouriço e pão, e na outra um canivete. A isto meus amigos, chama-se amor pelo clube. Abandonei o local, pois a cena era demasiado chocante para os olhos do Demo. Escusado será dizer que se seguiram gritos de Benficaaaaaaaaaa pela tarde dentro, os quais os meus sensiveis ouvidos tentaram ignorar, embora em vão. Tirem deste post as ilações que quiserem, mas por mim, ainda estou em choque (boca aberta e olhos vidrados), com as cenas da futebolice vs parolice.
Ahh e tinham um garrafão de palhinha (supostamente com vinhaça) que ficou bem enquadrado na foto, como se fosse o protagonista desta cena. Eu...Eu..não consigo escrever mais perdoem-me.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
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